15 de outubro de 2023

Israel ou Palestina?

 Ano passado Rússia e Ucrânia, um conflito armado, uma guerra entre dois países, um europeu e outro transcontinental, com suas histórias e problemática geopolíticas.

Agora, recentemente, Israel e Palestinos, passeatas em favor de um e de outro, duas nações com suas histórias, conflitos, que envolvem uma série de fatores geopolíticos como colonialismo, religião, etnias, invasões, conflitos etc.
Além desses dois conflitos, existem outros dentro do continente africano, com golpes e conflitos civis entre seus povos. Esses conflitos não tem tanta mídia, pense o motivo, não tem tanto interesse de quem domina.
No Brasil não temos guerras, mas temos vários conflitos envolvendo os indígenas, negros na cidade e nos quilombos, trabalhadores em condições análogas à escravidão, drogas e milícias. Como esses conflitos no Brasil ocorrem em locais específicos e com populações específicas, não causam uma comoção generalizada e nem uma empatia que leve a ações concretas do próprio povo.
As redes sociais fabricam especialistas sem o serem e aqueles que o são pouco espaço tem na mídia.
Não aceitamos opiniões em nossas vidas que não estão de acordo com aquilo que queremos, mas opinamos em coisas que nem temos profundidade para fazê-lo. O mínimo é pegar livros de história e ler muito para, ainda com muita dúvida, esboçar uma opinião além do senso comum.

3 de setembro de 2023

Quem dá emprego é a demanda e não o empresário...

 

Vamos discorrer sobre o assunto.

Um empresário para abrir uma empresa precisa estudar a demanda daquilo que ele quer fabricar ou vender, um empresário não abriria uma empresa que não tivesse uma demanda.

Pesquisando a demanda, o empresário abre sua empresa com 20 empregados para o que ele precisa produzir. Os 20 empregados são para uma produção de 1000 peças por mês. Ele não vai abrir vaga se a demanda não aumentar e se ela diminuir vai ter que dispensar.

Passados 6 meses ele começou a ter em estoque muitas peças porque a demanda diminuiu, ele só está conseguindo vender 500 peças e para essa produção ele necessita somente de 10 funcionários, pois se ele continuar com os 20 terá prejuízo, visto que ele visa lucro. Ele dispensa 10 funcionários pela diminuição da demanda.

Visto esse exemplo fica claro que a demanda é que abre ou fecha vagas de emprego, ninguém dá emprego a alguém se a demanda não exigir.


26 de janeiro de 2023

Proletariado e burguesia: uma reflexão...

 

(Este ensaio é uma reflexão sobre o assunto e não é definitivo, mas um início de algo que pode vir a se tornar um pensamento mais concreto nessa linha de raciocínio, após mais leituras e estudos)

 

Proletariado e burguesia

 

“A história de todas as sociedades até nossos dias é a história de lutas de classes” (Marx e Engels, Manifesto do Partido Comunista, Escala, 2007)

A partir da frase acima inicio minha reflexão sobre quem pertence ao proletariado e quem é a burguesia.

A burguesia seria formada pelos detentores do capital, aqueles que possuem, não só dinheiro, mas os meios de produção, sejam industrias, comércios ou propriedades, rurais ou urbanas.

O proletariado seria formado pela classe trabalhadora que vende seu produto, ou força de trabalho, em troca de salário, em troca de dinheiro, seja o montante que for, seja a pessoa que for, mesmo autônomos e prestadores de serviço.

Dentro da burguesia poderíamos ter outras divisões, a alta burguesia, a média burguesia e a baixa burguesia. Da mesma forma no proletariado teríamos as divisões como classe alta, média e baixa.

Os grandes burgueses são os bilionários, donos de grandes corporações e latifúndios, a média burguesia é formada pelos detentores de empresas médias e a pequena burguesia formada por detentores de pequenas propriedades e empresas. Uma coisa em comum entre eles é que não necessitam vender sua força de trabalho, possuem empregados que fazem isso por ele, enquanto ele recebe os lucros e acumula seu capital.

No proletariado o que faz todos serem dessa classe é que necessitam vender sua força de trabalho para ganhar seu sustento, mesmo o jogador que ganha milhões e o operário que ganha um salário, eles pertencem a mesma classe, porém com a diferença de que um ganha muito bem e o outro muito mal.

(continua)


12 de janeiro de 2023

Nota sobre o socialismo e comunismo

 

Hoje está na moda chamar as pessoas de “comunista”, mesmo sem saber de fato o que é ser comunista.

Há um fato, socialismo não é o mesmo que comunismo, são coisas diferentes, em momentos diferentes e históricos.

Não é qualquer pessoa que possa ser chamada de comunista, para tal ela precisa conhecer a fundo esse movimento, não é usando uma camisa do Che, do Fidel ou com uma foice e martelo que fará da pessoa um comunista, talvez ela nem esteja preparada para isso.

Mesmo se a pessoa se considerar de esquerda não quer dizer que ela seja comunista, ser a favor de uma educação para todos e gratuita, de um sistema de saúde para todos e gratuito, segurança, lazer, moradia, isso não faz de você um comunista.

O socialismo, bem resumidamente, tem todos os elementos acima citados, entre outros, mas em uma sociedade democrática, que não tenha viés socialista, as mesmas benesses podem existir, e o país não será socialista e muito menos comunista por causa disso.

Nunca existiu um país comunista de fato, há sim países com experiências socialistas que não chegaram a atingir o propósito comunista.

Portanto, nenhum país se torna socialista do dia para noite e muito menos comunista, é uma transformação histórica e necessita de tempo.


31 de julho de 2022

A hipocrisia da sociedade e os animais

 

A sociedade é hipócrita, e me incluo dentro do contexto.

Vamos analisar o motivo...um deles...

Há leis que protegem os animais de maus tratos, mas que tipo de maus tratos?

Vejamos e acompanhem este raciocínio:

Maus tratos podem ser: deixar um animal amarrado, sem comida, sem água, bater nele, não dar condições para que ele viva, ou sobreviva dentre outros casos...

Nós nos alimentamos de alguns animais e de outros não, é cultural, ou seja, cada local do planeta se alimenta de certos animais e de outros não, pelo motivo particular de cada um deles.

Voltemos à lei dos maus tratos aos animais e o caso particular do ocidente, ou façamos um recorte menor, falemos do Brasil.

Por aqui não temos o costume de nos alimentar de animais como cães, gatos e nem de cavalos, mas nos servimos de carne bovina, de ovinos e outros. Se você matar um cachorro, nem que seja para se alimentar, é um crime que pode lhe colocar na cadeia, mas se você matar uma ovelha, um boi, você não via preso por isso, pois a convenção estabelecida é que eles servem para nos alimentar, então a lei de defesa dos animais deveria ser simplificada e determinar quais animais devem ser defendidos por ela?

A pessoa só é questionada se, ao matar o animal bovino, usar de métodos que façam o animal sofrer, do contrário nada é questionado.

Por isso a sociedade é hipócrita no assunto, aceitando determinadas situações em detrimento de outras.

Ah! Mas é preciso alimentar as pessoas, poderia sair alguém em defesa, porém, é preciso alimentar estes animais para que depois eles sejam mortos para alimentar os humanos, mas não seria mais fácil plantar grãos e servir direto para alimentar os humanos? Para que um trabalho tão grande de criar animais de uma forma que não sejam maltratados e depois matá-los?


3 de abril de 2022

O belo não é a aparência

 

Comumente relacionamos o belo à aparência, seja de uma pessoa, objeto, paisagem ou outra coisa qualquer. Ligamos o belo ao que nos agrada visualmente, que nos atrai por uma certa beleza estética e essa estética é somente aparente, sem profundidade, é o que nossos olhos veem e nos agrada.

Mas o belo relacionado à aparência pode ser fabricado, ou seja, o que nos parece “feio” aos olhos, pode ser tornado bonito por diversos meios.

Podemos mudar a aparência de uma pessoa de diversas maneiras, maquiagem, cirurgias variadas, vestuário ou todas juntas e a pessoa que era dita “feia” torna-se praticamente outra pessoa, com uma nova aparência, irreconhecível se comparada ao que era antes.

Uma paisagem pode ser modificada, o objeto também, tudo, praticamente tudo, pode ser transformado e ter sua aparência modificada e embelezada.

Porém, o belo está além da aparência, o belo está ligado ao conjunto daquilo que está sendo analisado, está ligado à finalidade da coisa, do objeto, da paisagem e da pessoa, ou ação da pessoa.

Como para Platão, o belo está ligado à sabedoria, poderíamos dizer que o belo é a busca pela verdade, as virtudes, o bem comum, o que é bom e isso não está ligado à beleza da aparência, ela viria das atitudes, das ideias, do se faz, mais do que ser bonito é ser ético com suas ações.

Enfim, vejo o belo como aquilo que se pratica, a prática das virtudes, da sabedoria, o conjunto das ações de uma pessoa, da utilidade das coisas. Nada que se relacione com a aparência, tanto das pessoas. como das coisas.


8 de março de 2022

Dia internacional das mulheres

 

Hoje se comemora o Dia Internacional das Mulheres, mas não vou falar da história do dia, nem vou fazer homenagens a uma ou outra, mas levantar alguns questionamentos que podem ser pertinentes. Para mim as datas comemorativas devem servir como momentos de reflexão sobre o que se comemora ou que é lembrado com a data.

Desejamos um ótimo dia a todas as mulheres, mas você respeita todas elas como devem ser respeitadas? Você apoia todas as lutas que as mulheres encabeçam por direitos como salários igualitários para mesmas funções?

Você apoia mais mulheres na vida pública, mais mulheres em cargos comissionados como secretarias e ministérios, dentre outros?

Qual sua relação com as mulheres da sua vida? Um homem não tem uma única mulher que fez, ou faz, parte de sua caminhada, qual a importância delas?

Flores e presentes você pode dar a qualquer momento, inclusive em uma data que não tenha nada para se comemorar, pois uma surpresa é muito mais contagiante do que algo que se espera e, muitas vezes, se torna repetitivo, clichê, mecânico.

Atitudes, é disso que elas precisam, além de apoio, carinho, amor, presentes, lembranças, companheirismo, pais presentes, etc.


A democracia nunca é plena...

 

A democracia nunca foi sinônimo de liberdade total, nunca foi uma forma de representatividade plena do povo, existem várias formas de democracia e nenhuma delas é algo representativo pleno da vontade do povo.

Em Atenas, na Grécia antiga, a democracia do “poder do povo, para o povo e pelo povo” não era feita pelo povo, mas por uma parcela da população. Para que você tivesse direito a participar necessitaria de posses, ser livre, portanto, escravos, estrangeiros e mulheres não participavam dessa democracia.

Em uma das mais importantes democracias do mundo atual, a dos Estados Unidos da América, a democracia também não é a plena vontade do povo. A constituição estadunidense foi pensada para que a escolha do seu dirigente fosse feita por um colégio eleitoral, e é assim feita, nem sempre o candidato que a população escolheu nas urnas foi o escolhido para dirigir o país. “Quando os poderes são assumidos pelo povo, total ou parcialmente, só podemos esperar erro, confusão e instabilidade”, diz Alexander Hamilton, um dos “pais fundadores dos EUA” e um dos proponentes da Constituição daquele país.

Mesmo no Brasil, onde a população escolhe quem irá ocupar os cargos do executivo e do legislativo, não é uma garantia de representação da vontade do povo, visto que seus representantes criam “lobbys” por determinados seguimentos de seus interesses e grupos que representam.

Enfim, a democracia é um caminho de participação, mas dependendo o lugar e época, tem maiores ou menores limitações.


26 de fevereiro de 2022

Novo disco do Scorpions - Rock Believer

 

Rock Believer – Scorpions – Lançamento em 25/02/2022

 



 

É sempre uma incógnita quando uma grande banda lança um novo disco, nem sempre as expectativas dos fãs são supridas e vem a decepção, mas não é o caso do novo disco do Scorpions, aqui todas as expectativas foram alcançadas, ou quase todas.

A banda está ótima no auge dos seus 57 anos de existência, tocando como uma banda veterana na experiência e como banda jovem na alegria.

Klaus Meine está perfeito nesse disco, e olha que passou por vários problemas com a voz na carreira, é certo que não força tanto a voz como no início, mas mantém a competência. As guitarras estão coesas, riffs marcantes, solos bem executados, base sólida. Baixo e bateria com destaque, bem casados e seguram o peso das músicas, baixo marcante e bateria dispensa apresentações do seu executor.

Antes de falar sobre as músicas um adendo quanto a capa do disco, achei interessante e remete às capas de discos polêmicas da banda. Essa, no meu ponto de vista, me causa um certo desconforto, interpreto como uma mulher sendo sufocada, aos gritos ela tenta buscar interromper esse sufocamento que lhe é causado pelo machismo, indiferença, misoginia entre outras formas de discriminação. É uma interpretação particular, não sei o que realmente quiseram passar com essa capa.

Bem, vamos às músicas:

·         Gas In The Tank – abre muito bem o disco com um efeito da guitarra que lembra os bons tempos da banda, música alegre e um refrão cantante.

·         Roots In My Boots – continua o bom início, é rapidinha, continua uma boa pegada, bem anos 80.

·         Knock ‘em Dead – um pouco mais lenta, um baixo marcante, deliciosa de ouvir, com um riff dançante, bem típico da banda

·         Rock Believer – um dos singles lançados, mesmo sendo a música que dá o título ao disco, não chega ser a melhor música, para mim, mas é boa, uma pegada de balada, o refrão é marcante.

·         Shining Of Your Soul – uma pegada reggae na guitarra alternado com pegada hard, faz a “alma da banda brilhar”, música para relaxar

·         Seventh Sun – muitos irão dizer que é um cover de China White pela semelhança, ou até um autoplágio, mas o que importa é que a música é boa, caberia sim no Blackout, como outras do disco, é ouvir e tirar suas conclusões...

·         Hot And Cold – boa música, aliás, o disco não tem música ruim...mas ouvindo ela você imagina que já ouviu algo parecido da própria banda em outros tempos

·         When I Lay My Bones To Rest – música deliciosa, bem rock’n’roll, rápida, dançante, essa não deixa margem para ficar parado, caberia em qualquer disco clássico da banda, como a maioria das músicas

·         Peacemaker – o primeiro single da banda, tem um bom riff, um bom andamento, já mostrava o intuito da banda em voltar aos bons tempos dos discos dos anos 80

·         Call Of The Wild – mais uma música boa, começa lenta e vai progredindo sem muita alteração, mas não é uma balada, é um rock meio arrastado e termina com um solo muito bom

·         When You Know (Where You Come Form) – a balada do disco, muito boa como as grandes baladas da banda, não é enjoativa e nem melosa, com certeza entra para o rol das grandes baladas da banda.

·         Shoot For Your Heart – um belo hard rock como nos bons tempos, com um groove bem gostoso de se ouvir.

·         When Tomorrow Comes – mais uma música bem hard tradicional da banda

·         Unleash The Beast – segue em sintonia com o disco, sem deixar cair a peteca

·         Crossing Borders – depois de cruzar todo o disco, estamos chegando ao final dessa maravilha que foi, um pouco mais lenta, mas sem perder o fôlego, vai fechando muito bem, embora ainda tenha mais uma música...

·         When You Know (Where You Come From) Acoustic Version – o disco fecha com a versão acústica dessa linda balada, fecha com chave de ouro.

O disco superou as expectativas, pelo menos as minhas que adoro a banda, se esse for o último disco de estúdio do Scorpions, eles encerram com louvor. Achei bem profissional deles gravar um disco aproveitando o talento do Mikkey Dee, seria um desperdício não ter nada registrado com ele na banda e aproveitar seu talento só em shows.

Enfim, um disco para competir como melhor do ano.



12 de janeiro de 2022

Revista Literária Hope News

 

Janeiro de 2022 começou com novidades, chegou para você ler a Revista Hope News.

É uma revista com muita variedade, tem literatura, poesia, contos, crônicas, dicas de filmes, de livros, agenda cultural e até um pouco de filosofia, além da entrevista do mês com algum autor para você conhecer o trabalho dele.

Ela sai todo dia 1º de cada mês e é totalmente gratuita para você ler e se entreter com os variados assuntos que a revista trás.

É só clicar no link abaixo e boa leitura.

 



https://issuu.com/hope.news/docs/revista_janeiro