26 de fevereiro de 2022

Novo disco do Scorpions - Rock Believer

 

Rock Believer – Scorpions – Lançamento em 25/02/2022

 



 

É sempre uma incógnita quando uma grande banda lança um novo disco, nem sempre as expectativas dos fãs são supridas e vem a decepção, mas não é o caso do novo disco do Scorpions, aqui todas as expectativas foram alcançadas, ou quase todas.

A banda está ótima no auge dos seus 57 anos de existência, tocando como uma banda veterana na experiência e como banda jovem na alegria.

Klaus Meine está perfeito nesse disco, e olha que passou por vários problemas com a voz na carreira, é certo que não força tanto a voz como no início, mas mantém a competência. As guitarras estão coesas, riffs marcantes, solos bem executados, base sólida. Baixo e bateria com destaque, bem casados e seguram o peso das músicas, baixo marcante e bateria dispensa apresentações do seu executor.

Antes de falar sobre as músicas um adendo quanto a capa do disco, achei interessante e remete às capas de discos polêmicas da banda. Essa, no meu ponto de vista, me causa um certo desconforto, interpreto como uma mulher sendo sufocada, aos gritos ela tenta buscar interromper esse sufocamento que lhe é causado pelo machismo, indiferença, misoginia entre outras formas de discriminação. É uma interpretação particular, não sei o que realmente quiseram passar com essa capa.

Bem, vamos às músicas:

·         Gas In The Tank – abre muito bem o disco com um efeito da guitarra que lembra os bons tempos da banda, música alegre e um refrão cantante.

·         Roots In My Boots – continua o bom início, é rapidinha, continua uma boa pegada, bem anos 80.

·         Knock ‘em Dead – um pouco mais lenta, um baixo marcante, deliciosa de ouvir, com um riff dançante, bem típico da banda

·         Rock Believer – um dos singles lançados, mesmo sendo a música que dá o título ao disco, não chega ser a melhor música, para mim, mas é boa, uma pegada de balada, o refrão é marcante.

·         Shining Of Your Soul – uma pegada reggae na guitarra alternado com pegada hard, faz a “alma da banda brilhar”, música para relaxar

·         Seventh Sun – muitos irão dizer que é um cover de China White pela semelhança, ou até um autoplágio, mas o que importa é que a música é boa, caberia sim no Blackout, como outras do disco, é ouvir e tirar suas conclusões...

·         Hot And Cold – boa música, aliás, o disco não tem música ruim...mas ouvindo ela você imagina que já ouviu algo parecido da própria banda em outros tempos

·         When I Lay My Bones To Rest – música deliciosa, bem rock’n’roll, rápida, dançante, essa não deixa margem para ficar parado, caberia em qualquer disco clássico da banda, como a maioria das músicas

·         Peacemaker – o primeiro single da banda, tem um bom riff, um bom andamento, já mostrava o intuito da banda em voltar aos bons tempos dos discos dos anos 80

·         Call Of The Wild – mais uma música boa, começa lenta e vai progredindo sem muita alteração, mas não é uma balada, é um rock meio arrastado e termina com um solo muito bom

·         When You Know (Where You Come Form) – a balada do disco, muito boa como as grandes baladas da banda, não é enjoativa e nem melosa, com certeza entra para o rol das grandes baladas da banda.

·         Shoot For Your Heart – um belo hard rock como nos bons tempos, com um groove bem gostoso de se ouvir.

·         When Tomorrow Comes – mais uma música bem hard tradicional da banda

·         Unleash The Beast – segue em sintonia com o disco, sem deixar cair a peteca

·         Crossing Borders – depois de cruzar todo o disco, estamos chegando ao final dessa maravilha que foi, um pouco mais lenta, mas sem perder o fôlego, vai fechando muito bem, embora ainda tenha mais uma música...

·         When You Know (Where You Come From) Acoustic Version – o disco fecha com a versão acústica dessa linda balada, fecha com chave de ouro.

O disco superou as expectativas, pelo menos as minhas que adoro a banda, se esse for o último disco de estúdio do Scorpions, eles encerram com louvor. Achei bem profissional deles gravar um disco aproveitando o talento do Mikkey Dee, seria um desperdício não ter nada registrado com ele na banda e aproveitar seu talento só em shows.

Enfim, um disco para competir como melhor do ano.


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