A democracia nunca é plena...
A democracia nunca foi sinônimo
de liberdade total, nunca foi uma forma de representatividade plena do povo,
existem várias formas de democracia e nenhuma delas é algo representativo pleno
da vontade do povo.
Em Atenas, na Grécia antiga, a
democracia do “poder do povo, para o povo e pelo povo” não era feita pelo povo,
mas por uma parcela da população. Para que você tivesse direito a participar
necessitaria de posses, ser livre, portanto, escravos, estrangeiros e mulheres
não participavam dessa democracia.
Em uma das mais importantes
democracias do mundo atual, a dos Estados Unidos da América, a democracia
também não é a plena vontade do povo. A constituição estadunidense foi pensada
para que a escolha do seu dirigente fosse feita por um colégio eleitoral, e é
assim feita, nem sempre o candidato que a população escolheu nas urnas foi o
escolhido para dirigir o país. “Quando os poderes são assumidos pelo povo,
total ou parcialmente, só podemos esperar erro, confusão e instabilidade”, diz
Alexander Hamilton, um dos “pais fundadores dos EUA” e um dos proponentes da
Constituição daquele país.
Mesmo no Brasil, onde a população
escolhe quem irá ocupar os cargos do executivo e do legislativo, não é uma
garantia de representação da vontade do povo, visto que seus representantes
criam “lobbys” por determinados seguimentos de seus interesses e grupos que
representam.
Enfim, a democracia é um caminho
de participação, mas dependendo o lugar e época, tem maiores ou menores limitações.
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