De quem é a culpa?
Sempre, em todo tempo, precisamos
de culpados, achar culpados, às vezes para fazer justiça, noutras para aliviar
responsabilidades que podem ser compartilhadas e noutras somente para ter
alguém para culpar.
Traz conforto e alivia, tira o
compartilhamento da responsabilidade com um bode expiatório que fica com toda
culpa.
Eu sou crítico, faço críticas
(essa é uma), recebo críticas, não vejo um problema nisso, aliás, muitas vezes
é preciso ouvir uma crítica sincera que possa corrigir algo do que um elogio
que possa fazer você perder o foco.
Mas existe uma diferença em
criticar, você pode ser um crítico que não tem solução para nada e, portanto,
só vai reclamar e apontar o dedo sem ter uma proposta que possa ajudar a
melhorar e até resolver o problema, ou pode ser um crítico que, além de apontar
a deficiência, mostra novos caminhos, o que faria, sempre embasado em ocorrências
válidas e consistentes que convençam quem está fazendo a mudar de atitude, pois
você mostrou um caminho que pode ser melhor, mostrou isso com exemplos e não só
achismo.
Então, você é só um reclamão, um
apontador de dedos, um invejoso, um crítico destrutivo, ou consegue elaborar
uma crítica com ideias, propostas e soluções para o problema que você está
enxergando?
Enfim, mostre novas opções para
resolver o problema, mas com dados concretos, com estudos, com prováveis
resultados esperados ou com resultados já comprovados de onde foi feito, mostre
de que forma você faria, quais caminhos tomaria e quais resultados almejaria.
Um problema da cidade ou do
estado que atinge a todos não é só um problema de governo, é um problema de
todos, cada um com seu grau de responsabilidade.
Termino parafraseando Raul
Seixas: “É sempre mais fácil achar que “o problema é do outro”. (Na questão de
problemas sociais que incluem educação, saúde, etc)
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